Sarampo, HPV e mais: vacinação cai nas Américas e não recupera níveis registrados antes da pandemia

  • 18/04/2024
(Foto: Reprodução)
Entre os motivos para a queda na cobertura estão o aumento da desinformação e a falsa percepção de que essas doenças já não representariam risco para a saúde das pessoas. Houve queda na cobertura vacinal na região das Américas Ascom / PMP As Américas, que, por muito tempo, foram líderes de vacinação no mundo, registraram uma piora na cobertura vacinal, segundo alerta feito nesta quinta-feira (18) pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), que é o escritório regional da Organização Mundial de Saúde (OMS). 👉 Em 2022, por exemplo, 1,2 milhão de crianças com menos de 1 ano de idade não tinham recebido nenhuma dose de vacina. Além, disso, 15% das crianças nessa faixa etária têm apenas proteção parcial contra doenças preveníveis por imunizantes. De acordo com o diretor da Opas, Jarbas Barbosa, a região não conseguiu recuperar os níveis de cobertura vacinal de antes da pandemia de Covid-19. Uma das preocupações é com a queda na vacina contra sarampo por ser uma doença altamente contagiosa e que já chegou a ser eliminada da região. Como tiveram surtos de sarampo recentemente, o Brasil e a Venezuela perderam o certificado de eliminação. Outro receio da Opas é em relação à baixa vacinação de meninas contra o HPV, vírus responsável pelo câncer de colo de útero, uma das principais causas de morte entre as mulheres. Historicamente, a nossa região é líder na eliminação de doenças e já há mais de uma década as coberturas vacinais vêm diminuindo significativamente. Os fatores que explicam essa queda, segundo Barbosa, incluem: falsa percepção de que as enfermidades eliminadas ou controladas já não representariam risco para a saúde das pessoas; retirada dos programas de vacinação da lista de prioridades; falta de adaptação dos serviços de saúde em termos da oferta de vacinação às demandas e estilos de vida atuais de modo a facilitar o acesso das pessoas às vacinas; formação insuficiente dos profissionais de saúde em termos como eficácia e segurança das vacinas; aumento da desinformação e do sentimento antivacina, especialmente desde a pandemia de Covid-19. Cobrança aos governos Para tentar reverter esse quadro, a entidade cobrou dos governos um compromisso com a vacinação de rotina, incluindo o aumento de investimentos no setor e a implementação de estratégias de comunicação eficazes para aumentar a adesão da população. 📅 De 20 a 27 de abril, a entidade promove uma semana de conscientização sobre a importância da imunização. Barbosa ressaltou que a Opas continuará a garantir a oferta de 76 vacinas, incluindo contra polio, sarampo e HPV, além de ter um programa para apoiar a produção regional de imunizantes. O diretor da Opas afirmou que, graças a um esforço de diversos países na região, foi possível recuperar os índices de cobertura vacinal aos níveis pré-pandemia, como 91% da população vacinada contra difteria e tétano, mas isso não é suficiente. No caso da dengue, cerca de 5,2 milhões de casos de dengue foram registrados na região, com mais de 2.000 mortes.

FONTE: https://g1.globo.com/saude/noticia/2024/04/18/sarampo-hpv-e-mais-vacinacao-cai-nas-americas-e-nao-recupera-niveis-registrados-antes-da-pandemia.ghtml


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